Já passava das duas; tinha jurado nunca mais lhe ligar, mas os vodkas acumulados sussurravam-lhe o contrário. O bar repleto de gente desconhecida, que parecia entretida e feliz; um ou outro bêbedo que, de vez em quando, se aproximava com falinhas mansas, com o intuito d’arrastar dali; o aperto no peito que aumentava, a cada segundo, com as saudades dele.
Mandou-lhe mensagem. Arrependeu-se de seguida, mas já estava. A cabeça pesava-lhe. A resposta não tardou: “Onde estás?” Ficou na dúvida se haveria ou não de responder. Sabia qual seria o desfecho. Disse-lhe. Que se lixe, pensou.

Baseado no livro 777 ( a ser publicado em breve)

