
Sou névoa do que outrora fui
Pássaro sem asas
Flor sem pétalas
Mar em deserto seco
Eterna lagarta
Rumo sem nexo
Esperando que a tormenta
Venha e me leve
Talvez ainda não seja a hora
Sombras escuras
Ofuscam o sol
Nos meus olhos
Brilho de ouro falso
Réstia de esperança estéril
Não temo
Não me escondo
Apenas aguardo
O dia virá
Preparado estarei
Qual estátua no meu lugar
(Desafio 10 Alma de poeta, alma inquietA
MOTE: “Só de ouro falso os meus olhos se douram;
Sou esfinge sem mistério no poente.”-Mário de Sá Carneiro)