
Do cimo das nuvens
Do alto das montanhas
Do fundo dos oceanos
No pico do sol
Na noite de luar
O poeta sonha
Cria
Pinta
Envolve
Tece
Ama
Vive
E no papel as palavras
Fundem-se e brincam
Às escondidas e à apanhada
Riem e inventam papéis
Ordenam e convertem infiéis
Ressuscitam mortos
Enterram vivos
Resgatam a saudade
Engolem o fado
Beijam
Enrolam-se
Trocam de roupa
E renascem
Assim
Suavemente
Sem ninguém reparar
O mundo acaba por fazer o que os poetas ousam sonhar
(Baseado no MOTE:
“O mundo acaba sempre por fazer o que sonham os poetas” – Agostinho da Silva) – DESAFIO 9- Alma de poeta, alma inquietA