
Maria
Fui ver o filme sobre a cantora lírica Maria Callas, interpretado pela atriz Angelina Jolie.
Esperava mais.
Em algumas cenas percebe-se a falta de sincronia entre o movimento dos lábios de Jolie e a voz de Callas.
Gostava de ter visto os detalhes da vida desta mulher, tão rica em problemas, abusos, festas, dependências, desafios, relações tempestuosas com os pais, marido e o milionário Onassis.
Uma abordagem muito superficial de uma diva que tinha tanto para se poder explorar no grande ecrã.
A postura mais rígida, altiva e arrogante que apresenta no filme contrasta com aquilo que se vê da verdadeira Primadonna na vida real.
Uma mulher que sofreu, de várias maneiras, e o único amor verdadeiro que conheceu foi a música.
Merecia melhor, na vida e no filme escrito por Steven Knight e dirigido por Pablo Larraín.
Valeram os poucos segundos em que os meus olhos se inundaram ao ouvir ópera e o meu coração quase parou; pela qualidade da fotografia e os cenários em Paris; as aparições dos cantores e orquestra no exterior.
Tenho a certeza que a música é uma das coisas mais importantes da vida. Eu não passo um dia sem ela.