Dezenas de papéis, em vários formatos e texturas, roçavam-lhe a pele nua.
Caligrafia e tinta mudas, em diferentes cores e tamanhos, aderiam-se à pele como tatuagens.
Já não sabia ser sem todos os manuscritos que lhe nasciam e, irreverentes, desarrumavam-na por dentro e por fora.
Pertenciam-lhe, mas não por muito mais. Ganhavam vida e fugiam-lhe. Precisavam voar e correr mundo.
E ela deixou.
