Não sei de onde vem Esta difusa insatisfação Nem sempre presente Mas que me deixa ausente De mim, de ti Do que tenho Do que quero E tenho tanto Quero mais Mais o quê? Nem sei Já tenho tudo Quer estar e quero ir Mergulhar e voar Apregoar e calar Estagnar e fluir Quero o […]
Páscoa
A noite era madrasta e previsível. Suor em sangue denotava a gravidade do que se aproximava. Outros dormiam, ele orava. Pedia saída mas dispunha-se e confiava. A aflição não o abandonava. Sabia desde há muito; tinha vindo com esse propósito. Temia o vitupério do Maior Nome. Traído por trinta moedas e um falso beijo. Prestes
Algures por aí…
A noite fugia e levava o whiskey com ela. O peso das memórias afundadas entre as mãos teimava em sair, mas para onde? Quem é que queria saber? Acompanhado unicamente de si e de uma garrafa traiçoeira escrevia. As linhas sinuosas e frases encavalitadas saltavam para o papel amarelado e enrugado como as mãos de
É a vida…
Não consigo fixar-me em rotinas. Dizem-me para criar um logotipo, um estilo de publicação que me identifique logo, mas não consigo. Se calhar um dia… É que eu gosto da variedade, do diferente, da surpresa. Não gosto de coisas muito programadas, estudadas, previsíveis. Gosto da diversidade, do poder de escolha, conforme a disposição. Sou fã
Vida
Não vivas uma vida insossa Tempera-a! Usa sal, pimenta, tomilho, louro Alho, gengibre, oregãos e açafrão Torna-a picante, vibrante de cor Não tenhas medo Arrisca! Experimenta novos sabores Aventura-te! Deves ter prazer a viver Procura o brilho dos teus olhos A fagulha que te acende a alma O vinho que te aquece o coração Vive
“És uma pérola”, sussurraste-me ao ouvido. Esse pequeno ser, tão valioso, que só o é porque ao ser atacado por invasores externos produz uma substância de defesa que o transforma numa jóia singular de rara beleza. Ao longo da vida também tive de criar muitas capas protetoras, tive de me cobrir de aço para aguentar
Livre
Quando nasces com asas Como fazes para não voar? Tentas andar, correr, nadar, saltar Fixas-te, prendes-te Deixas que te fechem Por quanto tempo? Não podes contrariar a natureza Como enjaular um espírito livre? Como aprisionar uma alma solta? Como pedir aos relâmpagos que calem os trovões? Como pedir a um vento que não se torne
Liberdade
Em terra de poetas, liberdade e loucura conjugam-se; os seres que por lá vagueiam e voam são donos dos seus soltos desvarios. Leves, flutuam até outra dimensão. Escondem-se do material e do palpável, fogem de si, dos demais e dos outros; reencontram o passado, premunem o futuro. Estranhas criaturas, livres em si, acorrentadas aos pensamentos
Dia Internacional da Síndrome de Down
Sempre achei este texto divinal. Decidi partilhá-lo hoje convosco para assinalar este dia – um dos mais felizes da minha vida, pois foi quando o André teve alta do hospital depois de 11 dias de internamento. Faz hoje nove anos. Uma tentativa de ajudar pessoas que não têm com quem compartilhar essa experiência única. Entender