Permita-se brindar consigo mesmo. Permita-se gostar de si, das batalhas ganhas, das marcas sofridas.Aceitar o bom que somos e o mau que fazemos por transformar. Compreender que tudo tem o seu tempo. Sermos mais flexíveis connosco e não levar a vida tão a sério. Perdoar a nós e aos outros; amar a nós e aos
Jogaste sujocom as cartas que te ofereciEmbaralhaste e distribuístePor baixo da mesa batota fizesteApostei tudo em tiArrisqueiDei-te os dados do meu coraçãoSopraste e lançaste-osA sorte esteve do teu ladoNa roleta francesa perdiSaí de bolsos e alma vaziaQuebraste as regras do jogoDeitaste as fichas todasEspalhadas caíram ao chãoCom elas foi-se o meu amorRestou apenas desilusão
Volta pra mim
Acordei sozinhoA cama despida de tiFechei de novo os olhosDeve ter sido um sonhoAinda te sinto presenteNão é possível teres idoReconstruí e alinhei os pensamentosEstavam confusosBaralham-se sem a tua orientaçãoQue faço agora?O meu coração aceleraSó de recordar o teu rosto:único, belo e exóticoA suavidade da tua peleque absorvia a minhaO doce dos teus lábiosque sorviam
Folha de outono
Folha pereneBalança inocenteNa melodia alaranjadaDe quem tudo perdeuE está pronta a recomeçarLâmina de madeira secaEspalha-se em manto pardoInocente aos olhares e legadosConhece a incerteza do amanhãe a caducidade sempre presenteAssume a sua essênciaRenova-seAceita o porvirVive o momento eno tempo certoParte livremente
Gratidão
Sou eternamente grataPor tantos anjos que me protegemDivinos seres aladosQue sem se verem estão alertasTanta gente que é atraída a mimPurpurinas de mil coresChegam sem sabermos como Sou infinitamente grataPor todos aqueles com quemnão quero mais lidarSerem afastados de mimSem muitas vezes saber comoSem precisar nada fazerApenas ter esse sentimento OrarConfiarEsperarE como por magiaCom uns
…
Tantos rostosperdidos na multidãoTantas rugasque marcam vidasTantas históriaspor contarTantas doresocultasCasos naufragadosSonhos desmaiadosLembranças idasSaudades aguerridasConterrâneos esquecidosSinais de um tempo que se foiSulcos das sementeirasque a tempestade levouRaízes arrancadasEscaras abertasAo vento deixadas a secarCorpos mutilados por dentroSentimentos enroladosem novelos de lã escondidosAmores desabotoadosVítimas de um mundo perdido
Livro 777
Vontade declamadaEm pontas dos dedos rimadaTinta eternaGuarda o pulsarDe um coraçãoQue quieto não sabe estar Hoje, dia 7 setembro, faz 7 meses desde o meu aniversário em 7 fevereiro e 3 dias desde o lançamento do meu livro. Dois números que me são especiais: o 7 e o 3 – 777. E está na altura
Sozinha em casa? (Parte I)
A noite espalhada no alcatrão refletia o sentimento que lhe consumia o peito. Passava pouco da uma da manhã. O prédio da frente espreitava por entre as cortinas do quarto. Parecia sussurrar-lhe algo, apesar do silêncio desmedido. As janelas escuras, sem estores, afiguravam olhos encovados atentos à vida que, naquele momento, era nula. Pareceu-lhe ver
777
O meu livro já está disponível na banca da editora Cordel D’ Prata (B23) – Feira do Livro de Lisboa, apesar do lançamento oficial ser no dia 4 setembro às 20:20 no auditório poente (topo do parque). Espero lá por vocês! Deixo-vos com um poema adequado ao sentimento: Compro os sonhos que a infância roubouNão