Sempre adorei que a minha avó me contasse histórias antes de dormir; sempre devorei os livros da Enid Blyton, da Patrícia e Agatha Christie; adorava os filmes do Hitchcock; o suspense e o terror seduziam-me. Inventava cenários para brincar e cheguei a escrever cartas com histórias inventadas; também tinha um diário, mas não durou muito. […]
Tenho uma única amigaEsta garrafaque me acompanhaEntende-meNão falhaCumpre sempre – Já tu – Abandonaste-meTraíste a minha confiançaFoste e levaste a minha almaDeixaste-me ao frioAdoeciQuase morriComo se vive sem coração?Resta-me o calor do whiskyO conforto que me dáOs graus que me sobemOra a autoestimaOra a raivaGosto desta companhiamas…Trocava tudo pela tua
Como explicar o que não tem explicação?Como te fazer perceber o que nem eu própria entendo?Não faloNão confesso e caloFinjo não existirAfinal é a melhor formaNão assumir o que não se sabe esclarecerMas de vez em quando vejo outros semelhantes por aíPenso que nos reconhecemosApenas com um olharComo seres de uma outra espécieFilhos de outros
Não há barulho mais irritante do que o zunido de uma melga a meio da noite. Principalmente porque sabemos o que esse aviso significa. Vamos ser sugados, picados, ela vai-se banquetear connosco. Já estou a imaginar o cenário:sentada à mesa de babete, faca e garfo na mão e zás! Vai de nos sugar o sangue.
Para quem gosta de ler e escrever, este livro é “Absolutamente fascinante” – Sunday Times.Concordo, apesar de ainda não o ter lido todo. É sempre fascinante ler uma mente brilhante e com um sentido de humor sarcástico, como eu gosto. Esta frase emocionou-me, tocou-me de forma direta. É mesmo assim. Quem escreve sabe da importância
Rostos sem nomePassam em frenteÀ janela da minha lentePara onde vãoO que fazemO que já viveramQuem sãoCuriosa imaginoDou-lhes uma vidaCrio o enredoAtarefados seguemSem repararEmbrenhados no chãoEsmiuçam a calçada e o alcatrãoCaminham sem tempoAlguns sem futuroOutros no passadoArrastam pedregulhosAlmas indiferentesAo registo fotográficoQue os meus olhos captamTalvez para mais tarde recordarE com eles uma história inventar
Não querooutra noite sóVou-me arranjarInebriar a almaAquecer o corpoE sairPercorrer a noiteSaborear os baresDeixar que a lua me guie Os saltos altosAs meias de ligaO vestido justoa lamber a coxaO decote frescodeixa a renda espreitarE o colo apanhar arOs olhos a negritopiscam lentocom o peso do gin a subire a conversa banal a fluirPuxo de
Nem sempre obtemos os resultados que desejamos, mas as escolhas são sempre da nossa responsabilidade. Três minutos antes de tirar esta fotografia decidi fazer algo arriscado que tinha tudo para correr mal. Dei por mim de pernas para o ar, rabo na areia, a ver estrelas. Claro! Algo dentro da minha cabeça disse que não
Penas brilhantesrepletas de floresta e fogoCheiro de manga e papaiaVestido a rigorRaios de sol na cristaBico lacre e carvãoCanta livre pela manhãVoa e cruza os vales encantadosRepousa nos braços das mãesQue imponentes abrigam do calortodos os que a ela acolhemem busca de paz e (re)pousoLiberto de amarras, anilhas e cadeiasPlana e segue o instintoFlutua com
