Tempo que foge sem parar Sem se importar com quem já não está Não dá tréguas O que escapou é apenas uma sombra Como areia na ampulhetaNão se demoveNão se condóiNinguém se consegue esconderO que fazes hoje, ontem?Já foi. Serás lembrado pela paz, alegriaPelo bem?Ou pelas guerras que causastePelo sangue que derramastePelas vidas que oprimistePelas […]
Quisera eu ser a corrente incansável Fresca, viçosa Feliz, despreocupada Deitar-me com as flores Namorar com as pedras Rasgar a terra e nutri-la Beijar os primores Respirar pureza Sentir o solo pulsar Casar com a natureza Correr para os braços do mar Quisera eu ser livre assim Adormecer com as estrelas Brilhar com o sol
Dezenas de papéis, em vários formatos e texturas, roçavam-lhe a pele nua. Caligrafia e tinta mudas, em diferentes cores e tamanhos, aderiam-se à pele como tatuagens. Já não sabia ser sem todos os manuscritos que lhe nasciam e, irreverentes, desarrumavam-na por dentro e por fora. Pertenciam-lhe, mas não por muito mais. Ganhavam vida e fugiam-lhe.
Não tenho medo de morrer Tenho medo de ficar estagnada dentro do meu ser Não poder aprender Não conseguir crescer Não poder sair e evoluir Despertar e sorrir em cada amanhecer Preciso continuar a acreditar A lutar sem parar Pela vida, liberdade e bem-estar Pelo amor sem dor Pela amizade sem cobrar Por aquilo que
