Sara B. Carvalho

Volta pra mim

Acordei sozinhoA cama despida de tiFechei de novo os olhosDeve ter sido um sonhoAinda te sinto presenteNão é possível teres idoReconstruí e alinhei os pensamentosEstavam confusosBaralham-se sem a tua orientaçãoQue faço agora?O meu coração aceleraSó de recordar o teu rosto:único, belo e exóticoA suavidade da tua peleque absorvia a minhaO doce dos teus lábiosque sorviam […]

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Gratidão

Sou eternamente grataPor tantos anjos que me protegemDivinos seres aladosQue sem se verem estão alertasTanta gente que é atraída a mimPurpurinas de mil coresChegam sem sabermos como Sou infinitamente grataPor todos aqueles com quemnão quero mais lidarSerem afastados de mimSem muitas vezes saber comoSem precisar nada fazerApenas ter esse sentimento OrarConfiarEsperarE como por magiaCom uns

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Tantos rostosperdidos na multidãoTantas rugasque marcam vidasTantas históriaspor contarTantas doresocultasCasos naufragadosSonhos desmaiadosLembranças idasSaudades aguerridasConterrâneos esquecidosSinais de um tempo que se foiSulcos das sementeirasque a tempestade levouRaízes arrancadasEscaras abertasAo vento deixadas a secarCorpos mutilados por dentroSentimentos enroladosem novelos de lã escondidosAmores desabotoadosVítimas de um mundo perdido

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777

O meu livro já está disponível na banca da editora Cordel D’ Prata (B23) – Feira do Livro de Lisboa, apesar do lançamento oficial ser no dia 4 setembro às 20:20 no auditório poente (topo do parque). Espero lá por vocês! Deixo-vos com um poema adequado ao sentimento: Compro os sonhos que a infância roubouNão

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Gosto

Gosto de provocarSensaçõesEspantoReações Levantar a moralEspicaçarCriarPôr a imaginaçãoa trabalhar Ir para alémdos limitesFurar expectativasRasgar as certezasabsolutasArcaicasDemagogasDestapar a dúvidaSoltar o improvável Viajarnas asas de um condornas presas de um elefanteno dorso de uma panteraSaltarda montanha para o marNadar com os golfinhosCheirar os coraisDançar com as algase com os peixes casarGosto.Gostode escrever a sonhar

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As pontes

A longa e velha escada de madeira rangia a cada passo dado. A outra margem parecia tão distante que chegar lá com vida parecia uma missão impossível.De qualquer forma, ficar ali parado não era solução. Avançava a medo medindo bem onde pisava; de vez em quando olhava para baixo, sabia que não devia. As águas

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