Até quando

Acordaste cinza profundo
Carregado de pedra
Envergonha-nos

Respeito impões
Se nos decidires calar
Explodes em trovões

Quantas serão as preces
Que ecoam no vazio
Quanto será o sangue
Das dores derramadas
Das vidas vencidas
Engoles as espessas almas
Que acima se entregam
Que pelo ódio perderam o ser
Os curvados pelo peso que carregam

O pano estende-se
Chuva brumosa
Paira imóvel
Salpicos de amor
Dispersos pelo vento
Que poliniza o escuro
Com gotículas de cor
Semeando contra a negra maré
Esperança, paz, bondade e fé

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