Core forte chamado à receção

É difícil escolher um tema externo aos últimos acontecimentos que nos invadem a casa e olhos adentro todos os dias.

Desde a posse de Trump, com as suas inúmeras decisões, leis e alterações que afetam a ordem mundial, o mundo tem gravitado de forma ainda mais estranha:

as imensas notícias falsas, agora mais soltas e com asas para desinformar mais gente, causam um caos ainda maior nas nossas pobres cabeças cada vez mais atormentadas;

os contornos sádicos e maquiavélicos na entrega de reféns vivos e mortos pelo Hamas, com cadáveres de identidade trocada;

a culpa da guerra na Ucrânia que agora, segundo Trump, passou para Zelensky;

um Elon Musk de serra elétrica em punho, ao comando da Inteligência Artificial e espacial;

ondas de calor exagerado de um lado, fogos e cheias de outro;

uma Europa que ao não querer ferir suscetibilidades, vai protelando decisões e ações necessárias à sua própria sobrevivência;

apesar de já se começarem a ver condenações efetivas, os casos de violência doméstica contra mulheres e crianças continuam a aumentar;

a terra que treme e tenta nos sacudir desta inércia de “cá andamos”;

os defensores e atacantes, com crimes constantes, no caso do Martim Moniz;

os problemas na saúde e hospitais;

os problemas com a habitação, ramo imobiliário e os solos que incomodam frentes partidárias;

os problemas com a educação;

os problemas, falhas, atrasos e ineficácia em todas as instituições do Estado, nomeadamente na justiça;

a cultura em prejuízo;

as quezílias e picardias entre partidos políticos que conseguem dar um bom nome àquilo que fazem – partir o país e não se chegar a lugar algum, pois raramente há consenso;

ministros ladrões, pedófilos, alcoólicos, preconceituosos e mal educados;

quais os candidatos à presidência da república;

e o rol podia continuar, quer lá por fora, quer cá por dentro.

Mas, como pessoa positiva que sou (e impotente na resolução da maioria das situações acima), venho falar-vos de como podemos manter alguma sanidade mental no meio deste mundo louco.

Sou instrutora de Pilates há quase vinte anos e sei que é uma das práticas que me ajuda a manter o equilíbrio e a paz.

Um dos músculos mais solicitado e com papel central, neste método, é o transverso abdominal. Muitas vezes apelidado de espartilho ou cinta natural do corpo, este músculo envolve o nosso tronco, oferecendo força e resistência como nenhum outro. O seu funcionamento invisível influencia profundamente a nossa estabilidade, agilidade e suporte. Uma força calma, profunda, escondida por baixo de outros músculos, que nos mantém unidos em tempos de caos.

Quando nos comprometemos a nutrir esses músculos centrais, com exercícios como o Pilates e o Ioga, potenciamos uma cascata de benefícios: postura melhorada, mobilidade aprimorada, parte inferior das costas fortalecida e proteção à nossa coluna.

A força adquirida no nosso core propaga-se além das aulas e influencia a nossa clareza mental e resiliência emocional.

Um núcleo forte recorda-nos da nossa capacidade inata de permanecer firmes e enfrentar com elegância os desafios da vida.

Exercícios de fortalecimento, combinados com uma respiração consciente e plena, são uma prática simples que, efetuada de forma rotineira, pode ter um impacto transformador no seu bem-estar geral.

Robustecendo o nosso mundo interior, conseguiremos suportar melhor as adversidades do mundo exterior.

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