Poesia da alma

Olhos fechados
Aguardava
A música ia chegando
Aos poucos enchia a pista
Subindo sem pressa

Começava a sentir-lhe a invasão
Que a ia despindo
Dos olhares
Dos julgamentos
Das tensões
Dos outros
Da vida
De si mesma
Largava tudo no chão
Dançava com alma
Sorriso largado
Ritmo intenso
Cada poro
Cada fração de pele
Cada músculo
Cada osso
Cada fio de cabelo
Era possuído

Notas apaixonadas
Enamoradas
Eram uma só
Tocava-lhe o ser
Alma e melodia juntas
No recinto
No sangue
Que lhe corria a ferver
Turbulento

Para quem reparava
-Impossível não ver –
Personificação da
felicidade pura a romper

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