
Bendita loucura
que ofertada me foi
desde o ventre primordial
Vivi mil aventuras
Vivi à minha maneira
Transparência na pele
Que vem do quente e doce peito
Não saberia de outra forma ser
Respirar, dançar e amar
Sem açaimes aceitar receber
Da morte não tenho medo
Talvez por tanta loucura
Por tão satisfeita viver
Se daqui me for
Apraz-me dizer que
arrependida não irei morrer
“Quem goza tal loucura”
Vive em pura felicidade
Raramente entendida
Por quem vive na vaidade
de mostrar ser e esquecer
que o doido-alegre é quem mais sabe viver
[Desafio 6 Alma de poeta, alma inquietA
Mote:
“Ser doido-alegre, que maior ventura!
Morrer vivendo p’ra além da verdade,
É tão feliz quem goza tal loucura
Que nem na morte crê, que felicidade.” – António Aleixo]