
Rostos sem nome
Passam em frente
À janela da minha lente
Para onde vão
O que fazem
O que já viveram
Quem são
Curiosa imagino
Dou-lhes uma vida
Crio o enredo
Atarefados seguem
Sem reparar
Embrenhados no chão
Esmiuçam a calçada e o alcatrão
Caminham sem tempo
Alguns sem futuro
Outros no passado
Arrastam pedregulhos
Almas indiferentes
Ao registo fotográfico
Que os meus olhos captam
Talvez para mais tarde recordar
E com eles uma história inventar
Inventamos historias para cada rosto…
maravilhoso poema no seu conteúdo…